Aí começava uma saga gloriosa que terminou em 1969/70 e que de permeio, 21 títulos oficiais, o consagraram como um dos melhores jogadores da Europa e do Mundo da sua geração e de sempre.
Mais conhecido como médio cerebral, Coluna estreou-se de “águia ao peito” como avançado num jogo que assinalava a despedida de Rogério Pipi. Não se manteve nessa posição por muito tempo, pois Otto Glória via em José Águas apetências natas para essa posição e tinha outros planos para o grande capitão. Recuou no terreno para uma posição central, nevrálgica, muito semelhante ao que conhecemos como o “número 10”. A sua inteligência de jogo, capacidade física, robustez, técnica e forte pontapé tornaram-no, naturalmente, um colosso e um atleta admirado, inclusive, por adversários.
Aí se fixou como “patrão” e a sua personalidade de liderança e de respeito mútuo, características inatas que Coluna sempre transpor para dentro de campo, levaram-no a capitão do Benfica na temporada de 1963/64. À sua capacidade futebolística inegável e incontornável, a glória benfiquista era, agora, a voz de comando.
Foi médio, mas foi, sobretudo, um “todo-o-terreno” que o permitiu ser goleador. Marcou 150 golos de “águia ao peito” a cerca de 50 adversários e está no top-20 da história dos goleadores de sempre do Clube (14.ª posição).
Não só no Benfica pulverizou recordes. Deu o seu contributo ao País na Selecção Nacional que representou entre 1955 e 1968. Realizou 57 jogos e marcou oito tentos. Foi um dos “Magriços” que levou Portugal ao 3.º lugar, em Inglaterra, no ano de 1966.
Deixou o Manto Sagrado no final de 1969/70, aos 34 anos, rumando ao Ol. Lyon em 1970/71. Regressou a Portugal para jogar no Estrela de Portalegre e terminou a carreira de futebolista em 1971/72.
Mário Esteves Coluna é Sócio de Mérito há 48 anos e foi galardoado com a Águia de Ouro.
Fonte: slbenfica.pt
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