Ser ou não ser um especialista, eis a questão. Óscar Cardozo, 30 anos, falhou anteontem, em Barcelos, o 11.º penalty com a camisola do Benfica, em todas as provas oficiais, naquela que foi a sua 51.ª tentativa da marca dos onze metros. Isto significa que o ponta de lança paraguaio, na Luz desde 2007, tem uma percentagem de eficácia de 78,4 por cento. Dito de outra forma, falha praticamente um penalty em cada cinco vezes que é chamado a converter.
Já falhou em momentos importantes? Já. Já marcou em momentos importantes? Já. Será perigoso seguir esse caminho de análise. Certo é que Cardozo é o número um da equipa na hierarquia de marcadores de penalties, e, como tal, estando em campo, tem a última palavra. Assim continuará a ser, de resto, apesar do sucedido frente ao Gil Vicente, a menos que o Tacuara, por qualquer motivo, decida passar a vez. Já aconteceu no passado, como pode ver-se no exemplo em rodapé - e também a 26 de janeiro de 2011, num Rio Ave-Benfica da Taça da Liga, que as águias venceram por 2-0, o paraguaio deixou David Luiz tentar a sua sorte (falhou) no jogo de despedida, antes de rumar ao Chelsea.
Não foi o caso em Barcelos: Lima queria marcar, mas Cardozo, no dia em que voltou aos relvados após quase três meses de ausência, e depois de ter entrado há pouco mais de 15 minutos, puxou dos galões e Adriano defendeu. Teria sido diferente com Lima? Nunca se saberá. O que se sabe é que Lima tem eficácia próxima à de Cardozo - 80 por cento, face a oito penalties convertidos em dez tentativas -, que na ausência do Tacuara foi o marcador de serviço, e que em Barcelos, no mesmo jogo, já tinha atirado com sucesso dos onze metros, pela quinta vez consecutiva.
Já agora, Rodrigo, que segundo Jesus é outro dos batedores, falhou a única tentativa, na época passada, com o Beira-Mar, na Luz (2-1).
Fonte: abola.pt
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