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sábado, 20 de julho de 2013

Miguel Vítor: "Jorge Jesus não foi honesto comigo"

Miguel Vítor (foto ASF)

Miguel Vítor despediu-se do Benfica após 13 anos de ligação ao clube do coração. Não foi uma decisão fácil, mas foi a mais acertada na opinião do defesa-central de 24 anos. Lamenta a forma como Jorge Jesus lidou com ele e considera que o técnico deveria ter saído no final da época passada: "O ciclo dele terminou."

Com que sentimento deixou o Benfica após 13 anos de ligação e de ter sido dos últimos da formação a chegar à equipa principal? 
Com alguma mágoa. Gostava que o meu rumo no Benfica tivesse sido outro. As coisas até certo ponto estavam bem encaminhadas, fiz uma ascensão controlada: fui emprestado, voltei, comecei a jogar, numa época fiz bastantes jogos, mas chegou a uma altura em que as coisas estagnaram. Gostava de ter ajudado mais o Benfica e ter projetado melhor a minha carreira.

Como classifica os últimos quatro anos, com Jorge Jesus?
Vinha de uma época em que fora muito utilizado por Quique Flores e depois foi complicado. Tenho de admitir que o Benfica teve boas duplas de centrais, mas sinto também que podia ter tido outras oportunidades. O treinador nunca me deu uma oportunidade a sério. Ele lá teve as suas opções, sempre respeitei e trabalhei da mesma forma, ninguém me pode acusar de nada, mas tenho pena de as coisas terem acontecido desta forma.

O Benfica quis continuar consigo? 
O clube apresentou-me algumas propostas de renovação, a última no final de junho, mas eu senti que a minha carreira precisava dum novo rumo. Mas quem sabe se um dia posso voltar pela porta grande?

O que gostaria de ter dito a Jorge Jesus? 
[pausa] Eu disse tudo. Tive algumas conversas com ele para tentar perceber onde é que estava a errar mas nunca me respondeu com honestidade e frontalidade porque é claro que nunca fui aposta para ele, basta olhar para os últimos três/quatro anos, mas ele nunca me conseguiu dizer isso, de que eu não era aposta para ele. Isso deixou-me alguma mágoa. Preferia que ele me tivesse tido: ‘Não és uma aposta minha’ e eu tinha seguido a minha vida. Mas nunca houve essa frontalidade da parte dele e isso custou-me.
Fonte: abola.pt

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