César Peixoto é um dos jogadores portugueses que já se sagrou campeão por Benfica e FC Porto. Atualmente no Gil Vicente, o esquerdino acompanha a realidade dos dois ex-clubes por fora mas não fica indiferente ao clássico do próximo domingo, no qual deseja a vitória dos comandados de Jorge Jesus.
"Vou torcer pelo Benfica porque tenho lá muitos amigos, tanto jogadores como treinadores. É um clube por onde passei recentemente e por isso torço por ele", afirma, em entrevista ao zerozero.pt.
Apesar de torcer pelos encarnados, de onde guarda boas recordações após ter conquistado um campeonato e duas Taças da Liga, César Peixoto também sente um carinho pelos azuis e brancos, onde venceu, entre outros, os títulos internacionais que qualquer jogador profissional deseja (uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Taça Intercontinental, além de três campeonatos, duas Taças de Portugal e duas Supertaças).
"Venci muitos títulos pelas duas equipas e por isso é difícil destacar os momentos mais marcantes em cada uma delas. Mas tendo que escolher, no Benfica foi a festa de campeão e no FC Porto foi o primeiro título europeu que conquistei, a Taça UEFA, em 2003", conta.
O Estádio da Luz vai receber o primeiro embate entre o Benfica e o FC Porto esta temporada. Duas equipas que estão invictas, o que mostra bem a superioridade que têm tido perante os outros adversários no campeonato.
Por esse facto, César Peixoto acredita que o campeonato vai ser decidido nos jogos entre os grandes, embora não acredite que o clássico do próximo domingo venha a ser decisivo porque ainda falta pouco mais de meia competição para disputar.
"Nada ficará decidido. Ainda falta muito campeonato para ser disputado. Acredito que este ano vai ser decidido nos jogos entre os grandes. O que pode acontecer é o vencedor deste jogo ficar moralizado. Fica três pontos à frente do concorrente direto, no caso do FC Porto se vencer o seu jogo em atraso", comenta.
"Tanto o Benfica como o FC Porto não estão a perder pontos com as equipas mais pequenas, por isso o campeonato será decidido entre as duas equipas, à semelhança do que acontece em Espanha, com o Real Madrid e o Barcelona", acrescenta.
Habituado a estes ambientes, tendo a experiência de disputar um Benfica x FC Porto de ambos os lados, César Peixoto admite que não há favoritos neste género de jogos.
Todavia, acredita que o fator casa poderá ajudar a embalar o Benfica, mas não crê que a ausência de James Rodríguez torne o FC Porto mais fraco, embora admita que seja uma baixa de peso.
"Neste jogo não há favoritos. São sempre partidas imprevisíveis e nem sempre a equipa que está melhor ganha. Neste momento estão ambas muito bem, por isso ainda mais imprevisível se torna. O Benfica tem o fator casa e isso poderá ter algum peso" atira, comentando a ausência de El Bandido.
"A ausência do James tem um peso importante. É dos jogadores mais influentes da equipa, por isso é tão importante a sua baixa. Mas o FC Porto tem um excelente plantel e essa baixa será colmatada. A equipa não depende apenas de um jogador", diz.
A reviravolta do FC Porto de Villas-Boas na Taça de Portugal marcou César Peixoto
No total, foram sete os clássicos entre Benfica e FC Porto em que César Peixoto participou. Pelos encarnados, o esquerdino disputou cinco partidas, tendo perdido três e ganho duas. Com a camisola dos dragões, o minhoto realizou apenas dois encontros, conseguindo um triunfo e uma derrota.
Com mais derrotas do que vitórias, o clássico de que mais se lembra é precisamente um no qual foi derrotado. "Recordo-me de um clássico pela negativa. É do Benfica x FC Porto no Estádio da Luz, quando perdemos 1x3, depois de termos ido ao Dragão vencer por 2x0", recorda.
Esse jogo foi em abril de 2011. Semanas depois do FC Porto se ter sagrado campeão nacional na Luz, o Benfica voltou a receber os azuis e brancos para a Taça de Portugal.
Jogava-se a segunda mão e os comandados de Jorge Jesus entravam em campo com uma larga vantagem de dois golos fora de casa, em virtude de terem ganho no Estádio do Dragão por 2x0, na primeira mão.
A verdade é que o FC Porto, na altura orientado por André Villas-Boas e que nessa temporada já tinha ganho ao Benfica por três ocasiões, foi à Luz fazer a festa ao vencer por 3x1, carimbando o passaporte para a final do Jamor, onde viria a vencer o Vitória de Guimarães. João Moutinho, Hulk e Radamel Falcao marcaram os golos dos azuis e brancos, de nada valendo o tento apontado por Cardozo, através da marcação de uma grande penalidade.
Fonte: zerozero.pt
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